Seu filho não quer comer? Entenda melhor como lidar com isso

A gente sabe que a introdução de alimentos sólidos no cardápio do bebê por volta do sexto mês não costuma ser uma tarefa tão fácil e que muitos pais ficam um pouco inseguros quando o bebê não quer comer.  Com a preocupação se o filho está realmente recebendo a nutrição que precisa para se desenvolver de forma saudável, é comum surgirem dúvidas nessa fase.

Seu filho não quer comer? Entenda melhor como lidar com isso

Raspar todo o pratinho é um evento tradicionalmente comemorado que nos remete à nossa própria infância, mas quando isso não acontece, muitos pais acham que o pequeno está comendo mal. A verdade é que o bebê conhece sua necessidade nutricional e é ele quem determina a quantidade que deseja comer.

Veja algumas dicas para ajudar os pais nessa missão:

- Paciência e perseverança 

Seu bebê recusou o purê de cenoura? Tente novamente com cenoura apenas cozida ou faça uma nova mistura de papinha. É importante oferecer o alimento mais de uma vez em diferentes preparos para que ele possa confirmar se realmente gosta ou não de um determinado sabor. Especialistas indicam que o mesmo ingrediente seja dado ao bebê de 8 a 10 vezes, com uma semana de pausa entre uma experimentação e outra, antes de retirá-lo do cardápio do pequeno.

- Leveza e bom humor 

Deixe o bebê brincar um pouco com a comida. Coloque um pratinho com ingredientes que ele possa pegar com a mão sozinho e se lambuzar, como indica o método do BLW (Baby-led weaning). As crianças são curiosas por natureza e esse processo de descoberta da comida pode ser prazeroso quando o pequeno o faz brincando.

- Respeitar as escolhas e o paladar

Todo mundo tem suas preferências, os bebês também. Se seu filho recusou um alimento por diversas vezes, é possível que ele simplesmente não tenha gostado. Por isso, é importante aprender a respeitar o paladar do pequeno e oferecer novas opções saudáveis.

- Você dá o exemplo 

Os bebês aprendem por observação, por isso os pais são exemplos importantíssimos. Quando a família tem hábitos saudáveis de alimentação, é muito provável que a criança também os tenha. Refeições saudáveis em família vão estimular de forma positiva o paladar do seu bebê. 

- Fique sempre de olho 

É importante os pais estarem sempre atentos ao comportamento do bebê, em especial na hora das refeições. Se seu filho não estiver comendo, brincando pouco e você acha que tem algo diferente acontecendo, é bom conversar com o pediatra que o acompanha para uma avaliação completa e segura. 

 - Evite distrações na hora da refeição 

Televisão e brinquedos não vão ajudar seu bebê comer, pois vão tirar a atenção dele da comida. O momento da refeição fica mais gostoso quando seu filho está aproveitando ao máximo o prato preparado. Quando a comida é a atração principal você aumenta a probabilidade do bebê se engajar e interagir com o alimento. 

- Cuidado com os petiscos para enganar a fome 

Se seu filho não comeu na hora da refeição, evite oferecer petiscos para “enganar” a fome. Isso pode atrapalhar o paladar do bebê e ele pode ficar mais propenso a rejeitar alimentos saudáveis e refeições completas mais vezes – que já estará pensando na compensação que virá depois. 

- Refeições em família

Cada um comer no seu canto – em horários diferentes e com pouca interação – é um comportamento que não estimula a criança a gostar do momento da refeição. Ter uma rotina familiar divertida de alimentação, desde a preparação do prato até a hora de sentar à mesa, faz com que o bebê ou a criança se interessem mais pela comida. 

- Atenção para o tamanho das porções

Lembre-se que seu bebê tem um estômago pequeno e, se a quantidade de comida oferecida for maior do que ele pode ingerir, nem sempre ele vai conseguir raspar o pratinho. Com o tempo, fica mais fácil descobrir a quantidade ideal para o filho e essa tarefa fica bem mais tranquila, mas lembre-se, o prato de um adulto não é parâmetro de quantidade para o bebê.

 - Quanto menos tensão, melhor 

Forçar a criança a comer, dar broncas e fazer da refeição um campo de batalha não vão ajudar.  Oferecer recompensas como “comeu tudo, ganha um biscoito” também não é uma boa estratégia. Respeite o apetite do seu filho e confie na autonomia dele para decidir o tamanho de sua fome. A alimentação deve ser um processo natural e prazeroso e quanto mais houver tensão e conflito, mais você se distancia do objetivo de ajudar o seu filho a ter uma relação saudável com a hora das refeições, podendo até criar traumas.